O Minha Casa, Minha Vida deve ser uma política de estado, afirma ministro das Cidades na 5ª Conferência
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, avaliou durante o segundo dia da 5ª Conferência Nacional das Cidades, nesta quarta-feira (21/11), que o programa Minha Casa, Minha Vida deve ser pensado como uma política de estado. O programa foi um dos destaques do balanço em comemoração aos 10 anos do Ministério das Cidades.
“O programa é uma conquista social de todos vocês e não consigo ver como um novo governo pode retroceder algo que veem dando certo. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem que um terceiro momento deve ser pensado”, afirmou o ministro.
De acordo com Aguinaldo Ribeiro, a política nacional de habitação deve seguir atrelada aos novos avanços. “Esse é o desafio da reforma urbana: avançar na estratégia de desenvolvimento urbano integrado para as cidades brasileiras”, disse. A área de habitação, segundo ele, é uma ferramenta importante para o planejamento urbano. “Avançamos muito nessa área. Agora é preciso integrá-la cada vez mais com as ações de mobilidade e saneamento”, observou.
Ele reforçou que o governo está progredindo na discussão federal, mas para que a reforma urbana tenha efetividade é preciso que a discussão aconteça também nos estados e municípios. “Precisamos atrelar as ações e planos que desenvolvemos com o objetivo de alcançar um Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano integrado”, disse.
O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 com o objetivo de facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda. De acordo com a apresentação do ministro das Cidades, o MCMV também é um forte contribuinte para o crescimento econômico do país, para a geração de renda e emprego. A cada R$1 milhão investidos no programa são gerados 32 postos de trabalho, o que gera R$ 744 milhões na renda do país. “Não adianta você ter o espaço, se você não tem a qualidade de vida boa. Por isso, que a geração de emprego também é fundamental do ponto de vista humano”.
Aguinaldo Ribeiro destacou os avanços já alcançados no país: “Se hoje estamos discutindo o que é preciso ser feito no futuro é porque já vencemos muitas etapas”. Segundo ele, a discussão só é possível por meio dos marcos legais que foram consquistados com a colaboração dos movimentos sociais. “É graças à luta de cada um de vocês que esse momento é possivel. Graças a busca pelo direito do cidadão de ter dignidade e qualidade de vida”.
O deputado Carrion, ao representar os integrantes do Conselho das Cidades, falou sobre os desafios da implantação de uma reforma urbana de maneira integrada. “Temos grandes desafios a serem pactuados nesta conferência. Esse é o caminho correto para avançarmos. Reforma urbana é enfrentar a desigualdade nas cidades, é enfrentar a desagregação”, afirmou.
O conselheiro acredita que é fundamental que a população se mobilize para que o país continue progredindo. “Quando apertamos o nosso governo, não estamos contra ele, apenas estamoos lutando pelos nossos direitos”, finalizou.